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sexta-feira, outubro 18, 2002

"Crónica da Bosta - Tomo II"

18-10-2002 - Lisboa, masmorras da Onivai

Há muito que queria escrever isto. As crónicas da bosta, Tomo II, há muito que me enchem o espírito. Mas não tenho tido coragem... é material 'pesado'... bolinha no canto superior direito, estão a ver? (estão mesmo?!?)
Mas hoje enchi-me de coragem. Há coisas que têm de ser contadas. A AMI tem de saber isto. É um ultraje aos direitos humanos!!

Bom, como alguns já sabem, o cúbiculo-ridiculo-também-denonimado-wc da Oniway é servido por um micro-clima, onde existem espécies animais e vegetais únicas. Este facto deve-se às singulares características de humidade, temperatura, cheiro e nutrimento existentes no local.
De entre as espécies todas, no topo da cadeia alimentar deste eco-sistema está o HOMEM-NOJO!
O homem-nojo é um misterioso ser de quem apenas existem relatos confusos. Uns dizem que é um ser humano com feições hediondas... outros afirmam que é semelhante a uma ratazana gigante... mas a maior parte dos que o avistaram juram que é igualzinho ao Durão Barroso...
Certo, certo é que, conquanto não seja avistado, o rastro deste animal é perfeitamente visivel. E é sobre isso que vou falar.

Pois que acontece que, quando o homem-nojo invade a casa-de-banho... assina a sua presença... espetando um valente e esverdeado macacão na parede do cubiculo!!!
Sim.
Não minto.

E como as senhoras da limpeza da casa-de-banho devem ter medo da criatura, deixam os presentes na parede. E eles vão-se acumulando, acumulando, acumulando... cobrindo aquelas paredes brancas de pequenos pontos verdes... por vezes com nuances castanhas... pretas... 'é azul que vejo ali??'... ou ainda, um pelito fugidio agarrado à ranhosa cacofonia... uns mais sólidos, outros mais líquidos... uma delícia, meus caros, uma delícia!

Eu, pobre frequentador do cubiculo, fico hipnotizado a olhar para aquilo... que arte, que complexidade, que mistério... A vida animal faz mesmo coisas muito belas.

Mais ainda: no outro dia, para minha grande felicidade, fomos ainda contemplados com uma unha espetada na parede! Por certo obra do Nojo... que maravilhosa descoberta!

Mas a situação deve ter chegado aos ouvidos da National Geographic, pois no dia seguinte à chegada da unhaca, tudo tinha desaparecido! Para investigação, certamente.
De então para cá, o homem nojo tem-se refreado. Deve andar desconfiado... nem um macaquinho, nem uma unhita, nem um pedacito de cera, nem nada.

A vida não tem sido a mesma.
Eu avisei. A AMI tem de ser alertada. Há que defender o HOMEM-NOJO!!!

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